Este texto foi publicado no Blog da Desirré Poesias, por ocasião da Blogagem Coletiva Pela Inclusão. Uma grande gentileza da minha amiga Tania Zotto. Proporcionou-me a oportunidade de participar do movimento, e de falar um pouco sobre meu trabalho e como me sinto com relação ao tema. Agora, tendo meu próprio espaço, resolvi trazê-lo para cá. Afinal foi minha primeira ousadia pública!!!!! Alguns amigos já leram mas outros poderão fazê-lo desta vez. Obrigada Tania!
Algumas imagens das atividades desenvolvidas no Núcleo Assist. Espírita Edo Mariani
(www.pordentrodonucleo.wordpress.com)
(www.pordentrodonucleo.wordpress.com)
Música: Paz pela Paz (Nando Cordel)
"Conheci o mundo dos bloggers quando meu querido amigo Joeldo Holanda inaugurou a Alfândega do Fim do Mundo.
A partir daí e através dele, viajo diariamente por um Universo de idéias, propostas, poesia e romance, educação, medicina...
Puxa! Nunca pensei em conhecer tanta coisa, em aprender tanto!
Quando me deparei, em visita a alguns deles, com o convite à blogagem coletiva pela inclusão, me entusiasmei, pois essa é a minha vida, a minha rotina diária e seria ótimo conhecer as idéias de tantas pessoas brilhantes acerca do tema.
E não me enganei! Encontrei textos maravilhosos, pontos de vista diferentes, a situação vista de vários ângulos. Gostei tanto que pedi licença à minha amiga Tânia Zotto para postar minha opinião. Desculpem mas não me poderia “excluir” dessa participação, posto que trabalho com crianças em situação de risco e convivo, na verdade, com a exclusão.
Minha visão não é muito diferente, quando se fala, por exemplo, que sempre vemos o rico lutando pelo pobre, o branco lutando pelo negro, as pessoas que se dizem “normais” lutando pelo direito dos portadores de necessidades especiais.
Mas pergunto: Por que não vemos essas pessoas lutando por elas mesmas? E respondo: Porque não interessa, não vale a pena. Dá muito trabalho...
Quando oferecemos cursos profissionalizantes gratuitos, alguns começam, mas logo desistem. – Ah! Tem que acordar muito cedo... Cansa.
Procuramos os pais e a resposta vem como um tapa! “Eu não posso com ele Dona. Deixa... a vida ensina.”
E então perguntamos sobre o futuro, os sonhos, a família. E vem de novo a resposta: A gente não precisa de muito. Tem a bolsa escola, bolsa família, bolsa salgadinho, e até bolsa mesmo de verdade!!!!
É!!! Bolsa!!! O governo de São Paulo distribuiu este ano, uma bolsa com todo o material escolar necessário para todos os alunos da rede. Mas e o ensino a quantas anda?
Mas pra que ensinar? De repente o povo começa a entender as armadilhas e aqueles que fazem as leis para eliminar a pobreza acabam perdendo a galinha dos ovos de ouro. Continuamos na escravidão pela ignorância. Isso é bom!
É preciso ensinar sim... É preciso suprir necessidades sim... Mas também é preciso fazer entender que inclusão é sinônimo de cidadania. E cidadania é um conjunto de direitos e deveres. Enquanto houver o assistencialismo, unicamente objetivando as eleições, enquanto não se cobrar deveres, enquanto tudo vier graciosamente, não teremos verdadeiramente a inclusão, por mais que lutemos por isso."
Lygia
"Conheci o mundo dos bloggers quando meu querido amigo Joeldo Holanda inaugurou a Alfândega do Fim do Mundo.
A partir daí e através dele, viajo diariamente por um Universo de idéias, propostas, poesia e romance, educação, medicina...
Puxa! Nunca pensei em conhecer tanta coisa, em aprender tanto!
Quando me deparei, em visita a alguns deles, com o convite à blogagem coletiva pela inclusão, me entusiasmei, pois essa é a minha vida, a minha rotina diária e seria ótimo conhecer as idéias de tantas pessoas brilhantes acerca do tema.
E não me enganei! Encontrei textos maravilhosos, pontos de vista diferentes, a situação vista de vários ângulos. Gostei tanto que pedi licença à minha amiga Tânia Zotto para postar minha opinião. Desculpem mas não me poderia “excluir” dessa participação, posto que trabalho com crianças em situação de risco e convivo, na verdade, com a exclusão.
Minha visão não é muito diferente, quando se fala, por exemplo, que sempre vemos o rico lutando pelo pobre, o branco lutando pelo negro, as pessoas que se dizem “normais” lutando pelo direito dos portadores de necessidades especiais.
Mas pergunto: Por que não vemos essas pessoas lutando por elas mesmas? E respondo: Porque não interessa, não vale a pena. Dá muito trabalho...
Quando oferecemos cursos profissionalizantes gratuitos, alguns começam, mas logo desistem. – Ah! Tem que acordar muito cedo... Cansa.
Procuramos os pais e a resposta vem como um tapa! “Eu não posso com ele Dona. Deixa... a vida ensina.”
E então perguntamos sobre o futuro, os sonhos, a família. E vem de novo a resposta: A gente não precisa de muito. Tem a bolsa escola, bolsa família, bolsa salgadinho, e até bolsa mesmo de verdade!!!!
É!!! Bolsa!!! O governo de São Paulo distribuiu este ano, uma bolsa com todo o material escolar necessário para todos os alunos da rede. Mas e o ensino a quantas anda?
Mas pra que ensinar? De repente o povo começa a entender as armadilhas e aqueles que fazem as leis para eliminar a pobreza acabam perdendo a galinha dos ovos de ouro. Continuamos na escravidão pela ignorância. Isso é bom!
É preciso ensinar sim... É preciso suprir necessidades sim... Mas também é preciso fazer entender que inclusão é sinônimo de cidadania. E cidadania é um conjunto de direitos e deveres. Enquanto houver o assistencialismo, unicamente objetivando as eleições, enquanto não se cobrar deveres, enquanto tudo vier graciosamente, não teremos verdadeiramente a inclusão, por mais que lutemos por isso."
Lygia
Parabéns,Lygia!
ResponderExcluirProjeto maravilhoso.
aqui deixo um haikai,
Sara, Alexandra,
Ana, Susana, Marília,
Carla,Esperança...
Beijo,boas energias!
Mari
Obrigada Mari!!
ResponderExcluirEssas imagens retratam só um pouquinho do nosso trabalho. Mas adorei mostrar prá vcs.
Lindo o haikai!! Obrigada.
Beijos
Manzas
O que dizer de um poema tão lindo? Uma coisa assim nos coloca mesmo na rota dos sonhos.
Obrigada pela visita e por iluminar nosso cantinho.
Beijos